Com origem no termo em grego empatheia (em + páthos), em que “páthos” refere-se a um estado de alma ou todos os sentimentos que uma pessoa experimenta (sofrimento, paixão, tristeza, ira, etc.) e o prefixo “em”, que sugere a capacidade de uma pessoa de pôr-se no lugar de outra, de participar efetivamente no que a outra sente.
A palavra foi traduzida mais tarde do alemão “einfühlung” para o inglês por Titchener como “empathy” significando que seria possível conhecer a consciência de outra pessoa, através da imitação interior ou esforço da mente.
Outro significado da palavra “einfühlung” (alemão) é “a percepção de um gesto emocional emitido por alguém ativa diretamente a mesma emoção no observador, sem a interferência de rotulação, associação ou tomada de perspectiva”. Desde então, a empatia tem sido objeto de estudo da psicologia nas áreas evolutiva, social, da personalidade e clínica e, mais recentemente, da neurociência .
Empatia é, portanto, a capacidade psicológica para se identificar com o eu de outro, conseguindo sentir o mesmo que este nas situações e circunstâncias por esse outro vivenciadas. Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo.
A EMPATIA é diferente da SIMPATIA, pois a simpatia é majoritariamente uma resposta intelectual, enquanto a empatia é uma fusão emotiva. Enquanto a simpatia indica uma vontade de estar na presença de outra pessoa e de agradá-la, a empatia faz brotar uma vontade de compreender e conhecer a outra pessoa.
A empatia parte da perspectiva referencial que é pessoal a ela, ciente das próprias limitações em acurácia, sem confundir a si mesmo com o outro. Em outras palavras, seria o exercício afetivo e cognitivo de buscar interagir percebendo a situação sendo vivida por outra pessoa (em primeira pessoa do singular), além da própria situação.
Pesquisas indicam que a empatia tem uma resposta humana universal, comprovada fisiologicamente. Dessa forma, pode ser tomada como causa do comportamento altruísta, uma vez que predispõe o indivíduo a tomar atitudes altruístas.
Uma variedade de pesquisas sustenta a afirmação de que a preocupação empática evoca motivação altruísta.
Vários estudos têm apontado os efeitos positivos da empatia, dentre os quais se incluem:
– Redução de problemas emocionais e psicossomáticos em amigos e familiares;
– Ajustamento e satisfação conjugal;
– Redução do conflito social e do rompimento de relações íntimas;
– Facilita o relacionamento com as pessoas: quando nos sentimos compreendidos, estabelecer um clima de confiança;
– Desenvolve a habilidade para lidar com os outros – essencial para estabelecer relações saudáveis;
– Resolução de conflitos de maneira mais tranquila e segura.
Por outro lado, deficiências na capacidade empática geram prejuízos em vários contextos sociais, além de levar o indivíduo, em casos extremos, a viver à margem da sociedade. Estudos apontam que as deficiências em empatia estão associadas a:
– Distorções na percepção;
– Problemas de regulação e autocontrole emocional;
– Comportamento agressivo.
A empatia é, segundo a psicologia e a neurociência contemporânea, uma das qualidades do ser humano ligadas à inteligência emocional e pode, portanto, ser desenvolvida. Envolve três componentes: afetivo, cognitivo e reguladores de emoções. O componente afetivo baseia-se na partilha e na compreensão de estados emocionais de outros. O componente cognitivo refere-se à capacidade de deliberar sobre os estados mentais de outras pessoas. A regulação das emoções lida com o grau das respostas empáticas.
EMPATIA E PSICOLOGIA
Em síntese, os dados anteriores indicam um consenso de que a empatia exerce influência sobre o bem-estar individual e social, constituindo, portanto, um tema importante a ser explorado. Essa importância faz com que ela mereça se tornar um foco especial de pesquisa psicológica.
A empatia tem aplicações práticas, além da psicoterapia, nos conflitos nas relações humanas (familiares, sociais, institucionais), tendo papel central no método da Comunicação não-violenta (CNV), de Marshall Rosenberg.
O vínculo empático também se mostra fundamental nas reuniões em grupos, desde a Terapia de Grupo até os grupos de autoajuda, como os Alcoólicos Anónimos e os Narcóticos Anônimos. Outra iniciativa com mais de 30 anos de pesquisa é a Roots of Empathy, uma organização fundada pela educadora canadense Mary Gordon que atua internacionalmente levando bebês às salas de aula para, através da observação de seu comportamento, desenvolver esta habilidade em crianças do ensino fundamental. No Brasil, Carlotas explora a arte e a ludicidade como ferramentas para a prática da empatia em escolas e no mundo corporativo.
Preston e de Waal propuseram um modelo neurocientífico da empatia, sugerindo que a observação ou imaginação de outra pessoa num determinado estado emocional ativa automaticamente a representação desse estado no observador, bem como as suas respostas associadas. Esta representação permite que uma pessoa saiba como é que outra se sente num determinado estado emocional.
Dentre os vários métodos de avaliação da empatia, as medidas de auto-relato têm sido indicadas como mais fáceis de utilizar, uma vez que podem ser aplicadas em grandes amostras e avaliadas rapidamente. Além disso, elas identificam deficiências e capacidades do respondente em seu desempenho e na dimensão cognitivo-afetiva desse desempenho. Embora o auto desconhecimento ou a tendência a querer se apresentar de forma mais positiva possa gerar um viés nos resultados de uma medida de auto relato, instrumentos de auto informe das habilidades sociais avaliados em estudos refletiram uma boa medida da habilidade “real” do sujeito em situações sociais diárias, constituindo, algumas vezes, “a única fonte que podemos dispor para avaliar o grau de habilidade social de uma pessoa”.
EMPATIA E NEGÓCIOS
São vários os autores (e líderes de topo) que afirmam que somos melhores trabalhadores – e temos uma liderança mais produtiva – se formos felizes e bem resolvidos. E há uma corrente de psicólogos que acredita que a gratidão é a chave para uma maior produtividade e uma melhor força de trabalho. É o caso do professor de psicologia e autor Robert Emmons, que defende que vivemos uma vida muito mais rica, e poderemos alcançar maior sucesso profissional, se mantivermos um registo/diário de gratidão e reconhecermos o bom trabalho dos nossos colegas. São dois conceitos a ter em conta. Mas gostaria de dar um passo mais adiante e dizer que os líderes de maior sucesso em qualquer campo são aqueles que demonstram empatia com regularidade.
A empatia, a capacidade de compreender e partilhar os sentimentos do outro, é a “killer app” da liderança, ou “a” ferramenta dos líderes. A empatia também tem aspecto prático através do mapa da empatia.
A razão de ser de qualquer organização está no público-alvo que ela atende. Seja qual for a denominação utilizada (clientes, usuários ou beneficiários), não há modelo de negócio que sobreviva sem resolver problemas e/ou satisfazer do seu público-alvo.
Não que “olhar com os olhos do cliente” seja o único insumo para montar um modelo de negócio ou que tudo o que for dito pelos clientes deva ser levado ao pé da letra, mas sim quer dizer que um negócio de sucesso precisa de um entendimento profundo dos seus clientes, o que inclui os ambientes pelos quais eles circulam, suas rotinas diárias, suas preocupações e suas aspirações.
COMUNICAÇÃO EMPÁTICA
A comunicação empática é aquela na qual o outro é respeitado, quando na posição de ajudado, ou ambas as partes se respeitam na busca de compreensão mútua. Se uma das partes está na posição de ensinar, ela se comunica de forma que o outro aprenda por si mesmo. Se ambas as partes estão em igualdade de condições, elas dialogam entre si para compreender a realidade visando a transformá-la juntos.
A comunicação empática pressupõe o respeito pelo outro, dando-lhe, inclusive, o direito de cometer erros honestos durante o processo. As regras gerais para tal já foram elucidadas por psicólogos e psicanalistas. Entre esses profissionais, destaca-se Carl Rogers, que estudou a comunicação empática visando a criar relações humanas produtivas. Existem pelo menos quatro regras para que a comunicação gere os melhores resultados:
1) OUVIR SEM PRECONCEITOS – Mas isso não é fácil, pois a fala do outro pode chocar-se contra nossas crenças mais profundas. Um exemplo dessa dificuldade pode ser vista quando pessoas em lados opostos, como os radicais de esquerda e de direita, tentam conversar. Geralmente eles não estão dispostos a ouvir, pois partem do pressuposto que são inimigos irreconciliáveis.
2) COMPREENDER O QUE O OUTRO ESTÁ DIZENDO – Isso implica prestar atenção não só às suas palavras, mas, sobretudo, aos seus gestos aparentemente mais insignificantes. Há necessidade de solicitar retorno sobre a interpretação atual, confirmá-la ou negá-la, e insistir até que ambos estejam de acordo sobre o significado de alguma mensagem, ainda que tenham posições opostas a respeito. Isso é desgastante, mas necessário.
3) VALORIZAR AS POSIÇÕES DO OUTRO COM AS QUAIS SE CONCORDA – Isso dá ao outro a segurança de que está sendo respeitado, ao invés de estar sendo julgado. Entretanto, a comunicação deve ser buscada para se chegar à verdade, o que exige um fechamento do ciclo do diálogo.
4) CONCLUIR – Inclusive destacando os pontos que não ficaram bem esclarecidos e aqueles em relação aos quais não há concordância. Assim, fecha-se um ciclo, porém deixando margem para pesquisas futuras e novas tentativas de compreensão mútua.
Observando estas quatro simples regras, excetuando os casos em que os implicados se veem como inimigos irreconciliáveis, há margem para melhorar o processo de se criarem soluções comuns, de forma colaborativa. E isso depende de se dominar o processo da comunicação empática.
“(…) Todos nós temos uma tendência forte de atropelar os sentimentos das pessoas, de correr para resolver as coisas através de conselhos. Mas, com frequência deixamos de reservar algum tempo para o diagnóstico, para tentar compreender verdadeira e profundamente o problema, antes de mais nada. Ou seja, na tentativa de ajudar, oferecemos a primeira solução que nos vem à cabeça, sem nos importarmos se ela cabe ou não naquele problema. Se eu fosse resumir em uma frase o princípio isolado mais importante que aprendi no campo das relações interpessoais, diria o seguinte: procure primeiro compreender, depois ser compreendido. Este princípio é a chave para a comunicação interpessoal”. – Stephen Covey, do livro “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes”, Editora Bestseller
DICAS
OS 06 HÁBITOS DAS PESSOAS ALTAMENTE EMPÁTICAS
1. Cultive a curiosidade sobre o desconhecido
As pessoas altamente empáticas têm uma curiosidade insaciável sobre os desconhecidos. Elas vão falar com a pessoa sentada ao seu lado no metrô, por exemplo, apenas por curiosidade.
A curiosidade expande nossa empatia quando falamos com pessoas fora do nosso círculo social habitual, encontrando vida e visões de mundo muito diferentes da nossa.
Fundamentalmente, a conversa tenta entender o mundo dentro da cabeça da outra pessoa. Somos confrontados por estranhos todos os dias. Defina o desafio de ter uma conversa com um estranho semanalmente.
2. Desafie o preconceito e descubra pontos em comum
Todos nós temos suposições sobre os outros e usamos rótulos para nos referir às outras pessoas que nos impedem de apreciar a sua individualidade.
As pessoas altamente empáticas desafiam seus próprios preconceitos, procurando o que compartilhar com as pessoas, e não o que os separa. Muitas vezes, o preconceito é que nos impede de ver maravilhas que acontecem à nossa frente.
3. Experimente a vida de outra pessoa
Você acha que escalar e voar de asa delta são esportes radicais? Então você precisa experimentar a empatia experiencial, a mais desafiadora e gratificante de todas elas.
Pessoas altamente empáticas expandem sua empatia para ganhar experiência diretamente pela vida de outras pessoas, colocando em prática o provérbio: “caminhe alguns quilômetros nos sapatos de outra pessoa antes de criticá-la”.
4. Escute abertamente
Há duas características para uma conversa empática. Uma delas é dominar a arte da escuta ativa. Essa é a nossa capacidade de estar presente para o que realmente está acontecendo dentro do sentimento das pessoas, e que elas estão experimentando, nesse momento.
Pessoas altamente empáticas ouvem os outros e fazem todo o possível para compreender o seu estado emocional e necessidades, seja um amigo com problemas, ou um familiar que está chateado com alguma conduta.
Mas ouvir nunca é suficiente. A segunda característica é nos fazer vulneráveis. Remover nossas máscaras e revelar nossos sentimentos a alguém é vital para a criação de um forte vínculo empático.
5. Inspire a ação
Nós normalmente assumimos que a empatia acontece no nível da individualidade, mas as pessoas altamente empáticas entendem que a empatia também pode ser um fenômeno de massa que traz uma mudança fundamental.
O grande desafio é descobrir como a tecnologia e as mídias sociais podem aproveitar o poder da empatia para criar uma ação política de massa.
O futuro das mídias sociais é não apenas divulgar informações, mas criar uma conexão empática.
6. Desenvolva uma imaginação ambiciosa
Um traço final das pessoas altamente empáticas é que elas fazem muito mais do que ter empatia com as pessoas de costume.
Nós também precisamos sentir empatia com pessoas cujas crenças não compartilhamos ou que possam ser inimigas, de alguma forma.
A empatia com os adversários também é um caminho para a tolerância social.
Fonte: http://www.agendor.com.br/blog/6-habitos-das-pessoas-altamente-empaticas/
CURIOSIDADES
Site reúne livros e filmes que despertam empatia
A Biblioteca da Empatia é colaborativa, usuários podem inscrever e avaliar obras que os fizeram se identificar com outra pessoa.
“Há hoje uma enorme quantidade pesquisas de neurociência e psicologia mostrando que podemos aprender e desenvolver empatia e que ler livros e assistir filmes é uma ótima maneira de fazer isso”, afirma Krznaric, que foi um dos fundadores da The School of Life, ou Escola da Vida, instituição que dá aulas, oficinas e cria materiais sobre temas relacionados a trabalho, amor, família, política e diversão.
O acervo virtual não contém as obras, é um fichamento com informações sobre elas. Na biblioteca da empatia, é possível navegar pelo ranking dos livros e filmes mais populares, buscá-los por tema (como amor, guerra ou religião), ou mesmo por autores e diretores. Os membros da biblioteca podem adicionar obras que os fizeram se identificar com outras pessoas à coleção e também comentar e avaliar as já existentes. É desse modo que as obras são classificadas e o ranking é formado.
CONHEÇA A BIBLIOTECA DA EMPATIA (inglês): http://empathylibrary.com/
BIBLIOGRAFIA – LIVROS SUGERIDOS
KRZNARIC, Roman. O poder da empatia: a arte de se colocar no lugar do outro para transformar o mundo. Rio de Janeiro: Zahar, 2015.
Neste livro, Koichi Kimura compilou episódios das grandes façanhas históricas e dos pequenos acontecimentos do dia a dia, histórias que passam desapercebidas, mas que nos cativam quando colocadas em foco, simples atitudes que fazem uma enorme diferença no coração das pessoas e no bem estar da sociedade. Alguns incidentes viajaram centenas de gerações e continuam emocionando e incutindo esperança num mundo cheio de desavenças.
KIMURA, Koichi. A Arte da Empatia: a consideração ao próximo. São Paulo: Editora Satry, 2016.
Aclamada pela crítica por seus ensaios considerados viscerais e autênticos, a escritora americana Leslie Jamison reúne pela primeira vez em livro seus melhores trabalhos como ensaísta. E é a preocupação com a dor o ponto de partida de suas análises, nas quais propõe uma investigação intrigante sobre o significado da palavra empatia “Empatia não é apenas escutar, é fazer as perguntas cujas respostas precisam ser escutadas. Empatia requer investigação tanto quanto imaginação”, afirma a autora no livro.
JAMISON, Leslie. Exames de Empatia. Rio de Janeiro: Editora Globo Livros, 2016.
Esse livro trata de duas questões essenciais: conversa e empatia. Aqui você encontrará informações, técnicas e dicas da neurolinguística, neurociência, psicologia positiva e outras abordagens que ampliarão sua capacidade de criar diálogos empáticos.
SANTOS, Alexandre Henrique. O Poder de uma boa conversa. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2017.
LOMBARDI, Bia. Criatividade Empática: descubra como a criatividade, a curiosidade e a empatia têm o poder de transformar o mundo e te conectar com o seu propósito de vida. Editora Lanterna, 2016.
FILMES
Você pode assistir, discutir e recomendar os seguintes filmes. Liste os pontos/cenas que chamaram sua atenção e apresente o seu ponto de vista. Geralmente os insights podem surgir da discussão de pontos de vistas diferentes em relação a uma mesma cena.
Oscar de melhor filme estrangeiro de 2007, o filme alemão A vida dos outros (“Leben Der Anderen, Das”, 2006, Alemanha), conta a história de Gen Wiesler, agente da Stasi na Berlim Oriental comunista em 1984. A trama tem início ao receber a tarefa de investigar a vida do dramaturgo Dreyman e de sua namorada. Sua casa é, então, abarrotada de escutas e sua vida passa a ser observada pelo implacável agente que se envolve com a vida deles pouco a pouco. Um frio Wiesler vai cada vez mais se identificando com o objeto de sua investigação, a ponto de se questionar se deve (ou não) relatar tudo que Dreyman faz ou deixa de fazer na sua vida.
O escafandro e a borboleta – Julian Schnabel (2008)
Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric) tem 43 anos, é editor da revista Elle e um apaixonado pela vida. Mas, subitamente, tem um derrame cerebral. Vinte dias depois, ele acorda. Ainda está lúcido, mas sofre de uma rara paralisia: o único movimento que lhe resta no corpo é o do olho esquerdo. Bauby se recusa a aceitar seu destino. Aprende a se comunicar piscando letras do alfabeto e forma palavras, frases e até parágrafos. Cria um mundo próprio, contando com aquilo que não se paralisou: sua imaginação e sua memória.
Casa de areia e névoa – Vadim Perelman (2003)
Em qualquer briga sempre há os dois lados da história. Quando as partes envolvidas são irredutíveis e não abrem mão de seus ideais, a situação tende a acabar em tragédia. Baseado no best seller de Andre Dubbus III, Casa de Areia e Névoa retrata de forma genial a falta de limites do ser humano, quando movido por sua própria razão.
Kathy é uma alcoólatra abstinente que foi abandonada pelo marido e acabou se desligando do mundo. Sua depressão chegou ao ponto dela não abrir sua correspondência durante meses. Esse erro lhe custou sua casa, pois nessas cartas estavam diversas notificações sobre impostos atrasados. Como ela não os pagou, acaba despejada e, da noite para o dia, ela se vê sem dinheiro e sem moradia. Massoud, um ex-coronel da polícia do Irã no regime do Xá que teve de fugir do país com sua família. Morando nos Estados Unidos, encontra-se em outra posição. Antes um homem com dinheiro e poder, é obrigado a trabalhar em dois (sub)empregos para tentar manter o padrão de sua família. Ao longo dos 126 minutos de narrativa, somos apresentados a dois personagens irredutíveis, pois cada um é dono da “sua verdade”, o que vai culminar numa tragédia sem precedentes na vida dos envolvidos.
Livro:
FALCONE, E. M. O. et al. Inventário de Empatia (I.E.): desenvolvimento e validação de uma medida brasileira. Ribeirão Preto, SP: Avaliação Psicológica, 2008.